“And so I ask myself: 'Where are your dreams?' And I shake my head and mutter: 'How the years go by!' And I ask myself again: 'What have you done with those years? Where have you buried your best moments? Have you really lived?" Fyodor Dostoyevsky, White Nights

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Kashmir - Etimologia

The Nilamata Purana describes the Valley’s origin from the waters; का Ka (“water”) + शिमिरि Shimir (“to desiccate”), hence, Kaashmir denotes “a land desiccated from water”. An alternate nominal origin theory proposes that Kaashmir is a contraction of either Kashyap-mira or Kashyapmir or Kashyapmeru, denoting the “sea of Kashyapa” and the “mountain of Kashyapa”, eponyms of Kashyapa, the sage credited with having drained the primordial Satisar lake that occupied the Kaashmir valley before he reclaimed it from the water. Considering the Valley an embodiment of the goddess Uma, the Nilamata Purana gives it the place-name Kaashmira, from which derives the contemporary Kashmir place-name. Nonetheless, the Kaashmiris colloquially use the place-name Kashir, which is phonetically derived from Kaashmir, as noted in the Aurel Stein introduction to the Rajatarangini metrical chronicle.

In the Rajatarangini, a history of Kashmir written by Kalhana in the 12th century, it is stated that the valley of Kaashmir was formerly a lake. This was drained by the great rishi or sage, Kashyapa, son of Marichi, son of Brahma, by cutting the gap in the hills at Baramulla (Varaha-mula). Cashmere is a variant spelling of Kaashmir.

General view of Temple and Enclosure of Marttand (the Sun), at Bhawan, ca. A.D. 490–555; the colonnade ca. A.D. 693–729. Surya Temple at Martand, Jammu & Kashmir, photographed by John Burke, 1868.

Fonte: Wikipédia

Led Zeppelin-kashmir



Oh let the sun beat down upon my face
With stars to fill my dream.
I am a traveler of both time and space
To be where I have been.

To sit with elders of a gentle race
This world has seldom seen.
They talk of days for which they sit and wait
When all will be revealed.

Talk an' song from tongues of lilting grace
Whose sounds caress my ear.
But not a word I heard could I relate
The story was quite clear.
Whoa-ohh-oh
Whoa-ohhh-oh-oh

Ooooh
Oh baby, I've been flyin'
Nooo-yeah
Oh mama there
Ain't no denyin'

Oh!
Ooooh-yes
I've been flyin'
Ma-ma-ma
Ain't no denyin'
No denyin'-uh

Oh!
All I see turns to brown
As the sun burns the ground.
And my eyes fill with sand
As I scan this wasted land.
Tryin' to find
Tryin' to find
Where I've been.

Oh pilot of the storm who leaves no trace
Like thoughts inside a dream
Who hid the path that led me to that place
Of yellow desert screen.

My shangri-la beneath the summer moon
I will return again.
Sure as the dust that floats high in June
When movin' through Kashmir.

Oh father of the four winds, fill my sails
'Cross the sea of years (?)
With no provision but an open face
Along the straits of fear. (?)

Whoa-oh ah-oh
Whoa-ohhh oh

Ohhh

Whoa!
When I'm on,
When I'm on my way yeah!
When I see,
When I see the way
You stayyyyy-yeah!

Ooh-ooh yeah-yeah
Ooh-ooh yeah-yeah
When I'm downnn-yeah

Ooh-ooh yeah-yeah
Ooh-ooh yeah-yeah
When I'm down, so down

Ooh my baby
Oooh my baby let me take you there

Oh-oh
Come on, come on
Oh!
Let me take you there
Let me take you there

Ooh yeah-yeah
Ooh yeah-yeah...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sangue no Asfalto -Mão Morta



Atravesso a azul noite da solidão
Envolto em ténues irradiações de pura emoção

Corpos desprendem gemidos mutilados

Em excêntricas posições espalhados

Pedaços de chapa

Vidros escacados

E um mundo de sensações

Medo, horror

Fundem-se num sensual cheiro a morte e dor

Sangue no asfalto

Sangue no asfalto

Sangue no asfalto

Sangue no asfalto

Percorro ansioso os destroços no alcatrão

Abrasado em palpitações de pura paixão

Segurando um crâneo já estilhaçado,

No escuro de dois chorões agachado,

Nutre-se de miolos o deus desnudado

Solto algumas imprecações contra o ladrão

E procuro outra azul noite - solidão

Sangue no asfalto

Sangue no asfalto

Sangue no asfalto

Sangue no asfalto

Atravesso a azul noite da solidão

Envolto em ténues irradiações de pura emoção

Corpos desprendem gemidos mutilados

Em excêntricas posições espalhados

Pedaços de chapa

Vidros escacados

E um mundo de sensações

Medo, horror

Fundem-se num sensual cheiro a morte e dor

Sangue no asfalto

Sangue no asfalto

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Diógenes, o Cínico


Diógenes de Sínope (404 ou 412 a.C. - 323 a.C.), ou Diógenes, o Cínico, foi um filósofo da Grécia Antiga. Exilado da sua cidade natal, mudou-se para Atenas, onde se teria tornado um discípulo de Antístenes, antigo pupilo de Sócrates. Tornou-se um mendigo que habitava as ruas de Atenas, fazendo da pobreza extrema uma virtude; diz-se que teria vivido num grande barril, no lugar de uma casa, e perambulava pelas ruas carregando uma lamparina, durante o dia, alegando estar à procura de um homem honesto. Estabeleceu-se em Corinto, onde continuou a buscar o ideal cínico da auto-suficiência: uma vida que fosse natural e não dependesse das luxúrias da civilização. Por acreditar que a virtude era melhor revelada na acção e não na teoria, a sua vida consistiu numa campanha incansável para desbancar as instituições e valores sociais do que ele via como uma sociedade corrupta.

Segundo a tradição, Diógenes vivia a perambular pelas ruas na mais completa miséria até que um dia foi aprisionado por piratas para, posteriormente, ser vendido como escravo. Um homem com boa educação chamado Xeníades comprou-o. Logo ele pôde constatar a inteligência do seu novo escravo e confiou-lhe tanto a gerência dos seus bens quanto a educação dos seus filhos.

Diógenes levou ao extremo os preceitos cínicos de seu mestre Antístenes. Foi o exemplo vivo que perpetuou a indiferença cínica perante os valores da sociedade da qual fazia parte. Desprezava a opinião pública e parece ter vivido em uma pipa ou barril. Reza a lenda que seus únicos bens eram um alforje, um bastão e uma tigela (que simbolizavam o desapego e auto-suficiência perante o mundo), sendo ele conhecido também, talvez pejorativamente como kinos, o cão, pela forma como vivia. A felicidade - entendida como autodomínio e liberdade - era a verdadeira realização de uma vida. Sua filosofia combatia o prazer, o desejo e a luxúria pois isto impedia a auto-suficiência. A virtude - como em Aristóteles - deveria ser praticada e isto era mais importante que teorias sobre a virtude. Diógenes é tido como um dos primeiros homens (antecedido por Sócrates com a sua célebre frase "Não sou nem ateniense nem grego, mas sim um cidadão do mundo.") a afirmar, "Sou uma criatura do mundo (cosmos), e não de um estado ou uma cidade (polis) particular", manifestando assim um cosmopolitismo relativamente raro em seu tempo. Diógenes parece ter escrito tragédias ilustrativas da condição humana e também uma República que teria influenciado Zenão de Cítio, fundador do estoicismo. De fato, a influência cínica sobre o estoicismo é bastante saliente. Provavelmente, Diógenes foi o mais folclórico dos filósofos. São inúmeras as histórias que se contavam sobre ele já na Antigüidade. É famosa, por exemplo, a história de que ele saía em plena luz do dia com uma lanterna acesa procurando por homens verdadeiros (ou seja, homens auto-suficientes e virtuosos). Igualmente famosa é sua história com Alexandre, o Grande, que, ao encontrá-lo, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para a Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" (variante: "deixe-me ao meu sol"). Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes." Outra história famosa é a de que, tendo sido repreendido por estar se masturbando em público, simplesmente exclamou: "Oh! Mas que pena que não se possa viver apenas esfregando a barriga!" Outra história ainda é a de que um dia Diógenes foi visto pedindo esmola a uma estátua. Quando lhe perguntaram o motivo de tal conduta ele respondeu "por dois motivos: primeiro é que ela é cega e não me vê, e segundo é que eu me acostumo a não receber algo de alguém e nem depender de alguém."

Os termos modernos cínico e cinismo derivam da palavra grega kynikos, a forma adjetiva de kynon, que significa cachorro. Diógenes acreditava que os humanos viviam artificialmente e maneira hipócrita e poderiam fazer bem ao estudar o cão. Afinal o cão é capaz de realizar suas funções corporais naturais em público sem constrangimento, um cachorro comerá qualquer coisa, e não fará estardalhaço sobre que lugar dormir. Cachorros vivem o presente sem ansiedade, e não possuem as pretensões da filosofia abstracta. Somando-se ainda a estas virtudes, cachorros aprendem instintivamente quem é amigo e quem é inimigo. Diferente dos humanos que enganam e são enganados uns pelos outros, cães reagem com honestidade frente à verdade.

Nas reflexões desenvolvidas pelo filósofos cínicos pode-se reconhecer importantes princípios do anarquismo ainda na Grécia Antiga. No pensamento de Diógenes podem ser identificados muitos elementos presentes no movimento anarquista da contemporaneidade. Confere também a Diógenes a defesa do gérmen do proto-internacionalismo na Antiguidade, uma vez que o próprio Diógenes, refutando todas as identidades vinculadas as cidades estados e povos antigos, e negando assim a imprescindibilidade da pólis (apolis), se definia como cidadão do cosmos (kosmopolitê).[

Em relação à temática do casamento, Diógenes refuta o modelo familiar grego afirmando que as esposas deveriam ser mantidas em comum, não reconhecendo nenhuma legitimidade em qualquer união baseada na coerção, mas somente nas relações que se baseiem na persuasão entre pares.

A sua crítica à escravidão estaria focada no caráter de voluntarismo da parte dominada em relação à dominante: escravos sentem necessidade de mestres..[9] Em relação a este tema a posição de Diógenes se aproxima das reflexões apresentadas por Étienne de La Boétie sobre a servidão voluntária. Além de ser outro importante precedente do anarquismo no final do medievo, La Boétie fora a seu tempo tradutor de diversos escritos relacionados aos cínicos, adotando também a metodologia cínica baseada na inventividade, no uso da ironia, em jogos de palavras e paradoxos. «"Na casa de um rico não há lugar para se cuspir, a não ser em sua cara."»

Da perspectiva apresentada por Roca e Álvarez Diógenes de Sínope pode ser considerado também um predecessor dos happenings como ferramenta de contestação política. Através das suas ações provocativas individuais com as quais contestava toda a forma de autoridade (Diógenes adorava ridicularizar Platão enquanto autoridade filosófica) e de sacralidade, Diógenes pode ser considerado um importante precedente da vertente libertária conhecida como anarcoindividualismo.

É em parte por causa do seu comportamento escandaloso, que os escritos de Diógenes caíram no quase total esquecimento. Com efeito, a politeia (a República) escrita por Diógenes ataca numerosos valores do mundo grego, preconizando, entre outros, a antropofagia, a liberdade sexual total, a indiferença à sepultura, a igualdade entre homens e mulheres, a negação do sagrado, a supressão das armas e da moeda e o repúdio à arrecadação em prol da cidade e das suas leis. Por outro lado, Diógenes considerava o amor como sendo absurdo: não se deve apegar-se a outra pessoa. Os estóicos, próximos da corrente cínica de Diógenes, parecem ter preferido dissimular e esquecer essa herança julgada "embaraçosa".

In: Wikipédia

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

L'amour l'après-midi (1972) Eric Rohmer


The last of Rohmer's Six Moral Tales. Frederic leads a bourgeois life; he is a partner in a small Paris office and is happily married to Helene, a teacher expecting her second child. In the afternoons, Frederic daydreams about other women, but has no intention of taking any action. One day, Chloe, who had been a mistress of an old friend, begins dropping by his office. They meet as friends, irregularly in the afternoons, till eventually Chloe decides to seduce Frederic, causing him a moral dilemma.

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Crítica




terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Suna no onna/ A Mulher da Areia (1964) Hiroshi Teshigahara


Ao recolher insectos numa praia longínqua, um entomologista amador perde o autocarro que o levaria à cidade. Ao procurar um lugar para passar a noite, é levado por alguns moradores da região a um penhasco com uma escada de corda que o leva até uma casa. A única moradora recebe-o para passar a noite. De manhã, as escadas desapareceram, e as explicações só o atordoam ainda mais. Desesperado, só lhe resta tentar empreender uma série de desesperadas tentativas de fuga.


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