“And so I ask myself: 'Where are your dreams?' And I shake my head and mutter: 'How the years go by!' And I ask myself again: 'What have you done with those years? Where have you buried your best moments? Have you really lived?" Fyodor Dostoyevsky, White Nights

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Qual é a origem da maldade?

O psicólogo Delroy Paulhus foi à procura da resposta. Descobriu que o mundo não se divide em pessoas com bom ou mau carácter. Há vários motivos que explicam a atitude malvada de algumas pessoas.

Por que é que algumas pessoas têm prazer em serem cruéis? A pergunta foi o ponto de partida para a investigação de Delroy Paulhus. Excluiu, à partida, as pessoas classificadas como psicopatas ou condenadas por crimes violentos.

O interesse de Paulhus começou pelos narcisistas, indivíduos egoístas e vaidosos, que atacam os outros para defender sua própria autoestima, conforme noticia a BBC. Há pouco mais de uma década, um aluno deste psicólogo, Kevin Williams, sugeriu que explorassem a possibilidade de as tendências para o egocentrismo estarem ligadas a duas características desagradáveis: o maquiavelismo (uma manipulação fria) e a psicopatia (uma insensibilidade aguda e indiferença ao sentimento dos outros).
Juntos, os dois cientistas descobriram que os três traços são independentes, apesar de às vezes coincidirem, formando uma espécie de "tríade do mal".

Delroy Paulhus entrevistou um conjunto de pessoas em regime voluntário. A honestidade destas pessoas surpreendeu-o. Foi então que percebeu que os participantes que concordavam com frases como "Gosto de provocar pessoas mais vulneráveis" ou "Não é boa ideia contarem-me segredos" eram geralmente mais "abertos" nas respostas e não apresentavam qualquer pudor em assumir estas opiniões. Em comum, estas pessoas tinham também o facto de terem passado por uma experiência de bullying, na adolescência ou na vida adulta.

Outra característica comum é a uma tendência maior para serem infiéis ou copiarem nos exames.

Quando Paulhus começou a examinar mais a fundo o que classificou de mentes macabras, outras perguntas foram surgindo. Por exemplo, será que as pessoas nascem más?

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Fonte: Tsf

Consumo diário de canábis aumenta cinco vezes o risco de psicose

O consumo de canábis em doses diárias e muito fortes aumenta cinco vezes o risco de psicose, revela um estudo realizado no Reino Unido, que teve a participação do investigador e médico português Tiago Reis Marques.

O estudo, conduzido pelo Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências do King's College de Londres, concluiu, ainda, que um em cada quatro novos casos de psicose se deve à ingestão diária de canábis de "alta potência".

"A canábis é uma droga, é uma substância que tem um efeito pernicioso. A mensagem de que faz mal tem de passar", afirmou à Lusa Tiago Reis Marques, coautor da investigação, assinalando que "o que está a chegar à rua é uma planta muito mais forte".

A equipa, liderada pelo psiquiatra escocês Robin Murray, analisou uma amostra de mais de 400 doentes de várias idades, do sul de Londres, que acorreram entre 2005 e 2012, pela primeira vez, ao instituto com sintomas de psicose e com historial de consumos de canábis.

Os resultados obtidos foram comparados com um grupo de controlo de 370 pessoas saudáveis.

Segundo Tiago Reis Marques, o estudo revelou que o risco de psicose aumenta nos doentes psicóticos proporcionalmente à frequência do consumo e à potência da droga ingerida, chegando a ser cinco vezes superior num dos grupos de pacientes, de 103 elementos - que fumavam diariamente canábis muito forte, com alto teor de tetrahidrocanabinol.

O psiquiatra enfatizou que, apesar de a investigação se centrar na população de Londres, as suas conclusões "seriam as mesmas" se fosse feita noutra cidade, ou noutro país.

O estudo foi publicado esta semana na revista The Lancet Psychiatry.

Depois deste trabalho, Tiago Reis Marques pretende analisar os efeitos da canábis no cérebro de pessoas saudáveis.

 

Bons alunos, pouco sexo

"Há poucos dados sobre o assunto, mas o que consegui apurar é suficiente para me levar a crer que a crise na zona euro tem muito a ver com falta de sexo.


No estudo "Smart teens don't have sex (or kiss much either)", Halpern CT, Joyner K Udry JR e Suchindran C mostram correlações entre o QI dos adolescentes e a virgindade.

No estudo, cerca 70% dos adolescentes com QI acima dos 110, eram virgens, contra 58% dos que tinham QI entre 90 e 110 e 50% dos que tinham QI entre 70 e 90. Curiosamente, nos QI abaixo dos 70 o número era também de 70%. Ou seja os mais inteligentes e os menos inteligentes partilhavam a mesma ausência de comportamento sexual durante a adolescência.

Esta tendência parece continuar durante a universidade segundo um estudo do MIT. Enquanto 87% da população universitária nos EU já teve relações sexuais aos 19 anos, nas escolas de elite os números são muito mais baixos; no MIT, por exemplo, só 51% da população escolar não é virgem, e apenas 35% dos que acabam o curso teve relações sexuais: 65% dos economistas, 73% dos graduados em Ciência Política e 83% dos matemáticos do MIT acabam os cursos sem saber o que é bom.

É gente assim, nos Estados Unidos como aqui na Europa, que depois se senta nas administrações dos bancos, das maiores empresas, dos governos e nas altas instâncias da União. Uma gente inteligente e disciplinada, mas que teve pouco ou nenhum sexo durante a juventude; o que é preocupante.

Ser bom aluno, e ter média superior a 17 em universidades sérias, só é possível com uma fanática dedicação ao trabalho e uma reclusão quase absoluta e incompatível com a vida social necessária ao sexo a dois e de borla. Para ser muito bom aluno é preciso optar entre o estudo e a sociabilidade, entre a noite a queimar pestanas e a noite a queimar neurónios, entre a bibliografia aconselhada e actividades absolutamente desaconselhadas, entre a irmã da canhota e a Carlota.


O problema não é a falta de sexo, embora a produção de hormonas que lhe está associada seja consensualmente considera benéfica para a saúde mental, o problema é a falta de interacção social. O sexo resulta de relações sociais: de ouvir, dizer piadas, conversar. O sexo resulta da sedução que resulta da compreensão: de entender os outros, de saber como lhes chegar, em que botões tocar; resulta do aprender os outros.

Os muito bons alunos, os que passam os anos da juventude em clausura, os que desprezaram a interacção social, não aprenderam os "outros". Os "outros" que conhecem são dados estatísticos ou, quanto muito, caricaturas que ilustram os dados. Ora é com este conhecimento caricatural do que é uma pessoa, que estes bons alunos depois decidem.

A crise de 2008 resultou de más práticas de bons alunos; o BES e a PT (entre outros) estavam cheios de bons alunos; o Eurogrupo, o FMI, os Bancos Centrais são o Olimpo dos bons alunos. Deve haver uma correlação entre os males do mundo e a falta de sexo dos bons alunos."

Pedro Bidarra - Dinheiro Vivo

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Obra Completa de Freud

"Disponibilizamos aos nossos leitores a obra completa de Freud. A contribuição dele à psicologia dispensa comentários, bastando dizer que Freud foi o criador da psicanálise: teoria, método e técnica de investigação do inconsciente.
Os livros encontram-se por ordem cronológica."

FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 01 (1886-1889)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 02 (1893-1895)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 03 (1893-1899)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 04 (1900)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 05 (1900-1901)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 06 (1901)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 07 (1901-1905)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 08 (1905)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 09 (1906 – 1908)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 10 (1909)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 11 (1910)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 12 (1911-1913)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 13 (1913-1914)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 14 (1914-1916)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 15 (1915-1916)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 16 (1915-1916)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 17 (1917-1918)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 18 (1920-1922)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 19 (1923-1925)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 20 (1925-1926)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 21 (1927-1931)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 22 (1932-1936)
FREUD, Sigmund. Obras Completas (Imago) – Vol. 23 (1937-1939)


Fonte: Conexões Clínicas

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