“And so I ask myself: 'Where are your dreams?' And I shake my head and mutter: 'How the years go by!' And I ask myself again: 'What have you done with those years? Where have you buried your best moments? Have you really lived?" Fyodor Dostoyevsky, White Nights

sábado, 13 de dezembro de 2014

IsoHunt “ressuscita” o Pirate Bay de forma não oficial

A história em torno do Pirate Bay está longe de ter um fim. Tal como informámos, o Pirate Bay foi desligado na passada Terça-Feira,  após uma rusga policial e em Portugal até foi bloqueado pela Vodafone.
Agora o popular site de torrents IsoHunt parece querer ressuscitar o Pirate Bay.
pirata_02
O site IsoHunt apareceu recentemente com um suposta cópia do Pirate Bay. Com o endereço oldpiratebay.org, à primeira vista este parece ser um “site comemorativo”, no entanto existe muito conteúdo para download que tem vindo a ser actualizado.
É certo que nos últimos tempos têm aparecido vários mirrors do Pirate Bay (alguns deles até fake), mas este site é diferente até porque utiliza a base de dados do “desaparecido” Pirate Bay e, até ao momento, parece ser a melhor alternativa.

Fonte: Pplware

Sunglasses at Night - Tiga and Zintherius (Original)


domingo, 7 de dezembro de 2014

Arcade Fire - Reflektor


10 coisas a evitar se não quer criar um delinquente

As crianças são sempre crianças. Mas a verdade é que existem umas mais bem-educadas e sossegadas e outras mais irreverentes e mal-comportadas.

O Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil (CADIn) fez uma lista (de uma forma  irónica) das ‘regras’ para criar estes filhos insubordinados, ilustrando as atitudes dos pais perante as mais diversas situações:

1.    “Comece desde muito cedo a dar ao seu filho tudo o que ele quer”. E que tal impor algum respeito e controlo? Se a criança tiver tudo o que quer, irá convencer-se que o mundo gira à sua volta.
2.    “Faça sempre tudo aquilo que devia ser o seu filho a fazer”. A verdade é que, se não quer ter um parasita em casa, tem que o ensinar a fazer a cama, a arrumar o quarto e a não sujar a roupa sempre que vai para a escola.
3.     “Nunca o repreenda”. Claro que tem que ser admoestado na altura certa! Se em adultos temos que ouvir repreensões dos nossos chefes, de amigos e de familiares, como é que estaremos preparados para isso sem que os nossos pais nos tenham feito o mesmo? Uma pessoa quando está errada deve ser chamada a atenção, independentemente da idade.
4.    “Satisfaça todas as suas exigências e caprichos no que se refere a alimentação, vestuário e conforto”. Se a criança só gostar de pizzas, hambúrgueres e gelados, acha que é esse que deve ser o seu menu diário? Se estão 5 ºC vai deixar a sua filha ir de calções para a escola? Não deixe que as modas e as birras à hora de jantar se sobreponham ao bom senso.
5.    “Discuta o mais possível com seu cônjuge na frente dele”. É normal os adultos terem discussões e os casais se desentenderem. O que não é normal é envolver uma criança numa conversa para graúdos. Ao vê-la a falar mal com o seu marido, a criança irá pensar que pode fazer o mesmo e perde o respeito por um dos progenitores.
6.    “Encoraje a utilização de calão e ria-se das gracinhas menos próprias que possa ter”. Os palavrões ficam mal em qualquer idade, mas nas crianças são especialmente perigosos. Não o deixe pensar que se pode falar assim em qualquer lado e com qualquer pessoa. Não se ria do que, no futuro, pode não ter graça nenhuma.
7.    “Deixe o seu filho navegar livremente na internet e ler tudo o que lhe apetecer”. Cada conteúdo tem uma idade apropriada para ser visto. Uma criança de cinco anos não deve ver reality shows  - onde a violência e as futilidades são recorrentes –, nem uma de 8 deve ter livre acesso ao Facebook, onde pode ser encaminhada para site menos próprios. Além de poder copiar os mais exemplos, estes podem ser ‘caminhos’ perigosos.
8.    “Nunca incuta princípios morais ao seu filho”. Se não o fizerem, para que servem os pais? Não espere pelos 18 anos para lhe dizer que está errado aproveitar-se dos outros ou fazer pouco dos que o rodeiam.
9.    “Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser”. Mais cedo ou mais tarde, vai perceber que com o passar do tempo ele ai pedir cada vez mais dinheiro. Nessa altura vai se arrepender de não ter imposto limites e de não o ter ensinado a gerir as poupanças.
10.    “Defenda sempre o seu filho!”. Por muito que goste da sua criança, é preciso ter noção que às vezes a culpa é dela. Se estiver sempre a defender o indefensável, a criança não terá respeito pelos amigos, pelos professores e, com o passar do tempo, por aqueles que o estão sempre a proteger.

Fonte: Sol

sábado, 6 de dezembro de 2014

Carl Rogers Empathy Lecture parts 1 and 2


Canadá vai lançar visto expresso e tem mais de 100 mil ofertas de emprego

O processo de obtenção de um visto para o Canadá vai deixar de ser lento e complexo. A partir de janeiro do próximo ano, o processo vai ser mais fácil e rápido. De momento, o governo canadiano tem mais de 100 mil ofertas de emprego e convida trabalhadores e estudantes portugueses a concorrerem a essas oportunidades.
 
De forma a facilitar a captação de emigrantes, o Canadá vai lançar um “visto expresso” e, a partir do próximo ano, vai ser mais fácil conseguir uma autorização para trabalhar ou estudar no país. O processo passa por:
  1. Efetuar um registo eletrónico;
  2. Enviar os certificados do domínio de língua e os diplomas académicos por parte do candidato;
  3. Todos os pedidos vão ser colocados numa base de dados, onde o governo e as empresas privadas vão selecionar os melhores candidatos;
  4. Os candidatos serão avisados através do envio de um convite do governo canadiano. A resposta deve ser enviada, obrigatoriamente, num prazo máximo de seis meses.
Atualmente, o processo é muito mais complicado e moroso, passando pelo envio de um pedido formal em papel e por uma espera indeterminada. Com esta revolução no sistema de vistos, o governo pretende atrair 300 mil emigrantes (mais 50 mil que no ano anterior).

Oportunidades de Trabalho em Todas as Áreas

canada-jobs1Os portugueses são conhecidos por se adaptarem rapidamente a um novo ambiente de trabalho e a uma nova cultura. De momento, a comunidade portuguesa no Canadá chega a quase meio milhão. Com a facilitação do sistema de vistos, o Canadá pretende atrair mais emigrantes, uma vez que é um país com muitas oportunidades tanto para trabalhar como para estudar. Foi ainda considerado um dos dez países do mundo com melhor qualidade de vida.
O país considera a emigração fundamental para o crescimento económico. A feira “Study in Canadá”, realizada este mês na Associação Comercial de Lisboa, que contou com a presença de várias empresas e universidades do país, atraiu mais de 1500 pessoas.

CANDIDATE-SE E SEJA UM DOS SELECIONADOS!

Para ter acesso a todas as oportunidades em aberto no Canadá, que, de momento, são mais de 100 mil ofertas, clique AQUI. Algumas das oportunidades são especificamente para portugueses, veja AQUI.

 

ROCKUMENTÁRIO (2006)


Kids Recovering from Addiction Educational Documentary


Trauma & Addiction: Crash Course Psychology #31


Medicamento faz crescer cabelo em 5 meses

Ruxolitinib é normalmente utilizado para a mielofribose, uma doença que diminui a produção de células no sangue, mas um estudo comprovou que também impulsiona o crescimento do cabelo.
O problema da queda de cabelo, como consequência de algumas doenças, pode ter os dias contados. Há um medicamento que faz voltar a crescer o cabelo, em cinco meses, de acordo com um estudo realizado na Universidade da Colômbia, nos EUA, e publicado na revista ‘Nature Medicine’. O ruxolitinib, um medicamento tomado por pessoas que sofrem de mielofibrose – um problema na medula óssea que diminui a produção de células do sangue –, regenera o cabelo perdido devido a doenças que provocam a sua queda, como é o caso da alopecia areata. A equipa de dermatologistas e geneticistas da universidade norte-americana testou os efeitos do ruxolitinib em três voluntários. Cinco meses depois, o cabelo voltou a crescer e cobriu totalmente o couro cabeludo. Este medicamento vem dar esperança a quem sofre com problemas de queda de cabelo, que, até agora, ainda não tinham nenhum tratamento totalmente eficaz. “Não é apenas um distúrbio estético, os pacientes sofrem profundamente e os nossos resultados são um passo significativo para resolvê-lo. A nossa equipa está totalmente empenhada no avanço de novas terapias”, explicou Angela Christiano, professora de Dermatologia e Genética na Universidade da Colômbia, ao jornal ‘ABC’.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/medicamento-faz-crescer-cabelo-em-5-meses.html

Abandone a necessidade de reconhecimento

O ego precisa ser reconhecido. A indiferença é a pior coisa pra ele. As crianças, desde bem pequenas, já demonstram essa necessidade. Querem ser vistas e ouvidas pelos adultos. Adoram receber atenção. Quer ver uma criança feliz? Dê atenção para ela. Converse sobre as coisas do seu mundo infantil, pergunte sobre sua vida, brinque com ela.

Quando não damos esse tipo de atenção e reconhecimento positivo à criança, ela irá buscar de uma forma negativa. E isso acontece da seguinte forma. Muitas vezes os adultos deixam de dar atenção e de elogiar as crianças, o que seria uma forma positiva de reconhecimento. Entretanto, quando a criança age de uma forma indesejada, ela logo recebe uma crítica. A crítica é uma forma de atenção negativa, mas ainda assim é um tipo de reconhecimento. O adulto está interagindo com a criança, está reconhecendo sua existência, mesmo que de forma desagradável. Entretanto, para o ego, é melhor receber esse tipo de atenção negativa do que nenhuma atenção.

Inconscientemente, a criança que não é elogiada sabe que basta fazer algo tido como “errado” que logo receberá a atenção de algum adulto. Não é proposital. Ela é levada por um impulso interior a cometer algo para receber atenção. Como as ações positivas não estão gerando qualquer tipo de reconhecimento, ela automaticamente se condiciona a agir de forma negativa e acaba conseguindo ser reconhecida.

Por isso é que a melhor forma de transformar o comportamento das crianças é elogiar cada vez mais tudo de bom que elas fizerem e ignorar seus comportamentos negativos. O ego então entende que, para ganhar atenção, é melhor tomar atitudes que os adultos gostam e que ações negativas não trazem esse benefício. Com o passar do tempo, a criança passa a agir de forma cada vez mais positiva (desde que os adultos estejam sempre elogiando e reconhecendo) e vão abandonando os comportamentos negativos.

Mas não é assim que a maioria dos adultos age. Normalmente, o padrão é o de elogiar pouco e criticar bastante, o que acaba reforçando os comportamentos negativos.

Esse mesmo mecanismo de reconhecimento explica o que atrai as pessoas para o crime nas comunidades. Como alguém pode se sentir atraído por coisas tão negativas, com tantos riscos e sofrimento? Crianças e adolescentes sentem-se ignorados, e sentindo esse vazio interior, acabam indo buscar no crime o reconhecimento que necessitam. Mesmo que sejam vistos como marginais por muitos, ainda assim, estão tendo a sua existência reconhecida. Para o ego, isso é melhor do que a indiferença, por mais estranho que pareça.

Às vezes, o governo implanta programas sociais nas áreas carentes e essas pessoas agora têm a chance de ser reconhecidas de uma forma positiva: praticando esportes, estudando para ser “alguém” e ter uma profissão. Assim, muitos vão largar a delinquência e outros deixarão de entrar nela porque agora há outra possibilidade muito melhor de ganhar reconhecimento.

Mas a necessidade de reconhecimento não se aplica somente às crianças e adolescentes. Ao nos tornarmos adultos, deveríamos nos sentir cada dia mais livres desta necessidade. Para alguns, há realmente uma diminuição, mas outros continuam tão necessitados de reconhecimento como as crianças. Esse padrão acaba levando ao sofrimento, pois o bem-estar fica dependendo da apreciação de terceiros: chefe, marido, esposa, pais, amigos etc. E, logicamente, nem sempre as pessoas irão nos elogiar, reconhecer e nos dar atenção.

Podemos abrir mão, conscientemente, dessa necessidade todas as vezes que a detectarmos. É preciso se auto-observar, ficar bastante atento e reconhecer que nada de mau nos acontece se não formos reconhecidos. É apenas uma necessidade emocional infantil enraizada.

Quanto mais abandonarmos essa necessidade, mais adultos nos tornaremos. Nossos relacionamentos melhoram, pois ficaremos mais em paz e nesse estado deixaremos de criar conflitos de forma inconsciente. O mais curioso é que haverá uma tendência de que as pessoas venham a nos dar atenção, nos elogiar e reconhecer. Mas agora você já não é mais dependente disso para ser feliz e não está fazendo coisas no intuito de ganhar atenção. Poderá, então, curtir o reconhecimento sem o lado ruim que é a necessidade interior. Ou seja, quando você for reconhecido será prazeroso, mas a falta do reconhecimento não trará qualquer tipo de sofrimento.

Quando temos a necessidade de reconhecimento, o prazer provocado pela atenção e elogios é, em parte, uma falsa satisfação. Parte desse prazer é, na verdade, o encobrimento de um sofrimento oculto, que é a necessidade. Esse tipo de prazer se assemelha ao de uma pessoa compulsiva por comida (ou qualquer tipo de vício) quando está se alimentando.

Vamos supor um chocólotra. Ao comer o chocolate ele sente um prazer enorme. Logo esse prazer passa e ele precisará de mais chocolate para se sentir bem. Mas por que é que ele necessitou a princípio do chocolate? Uma inquietação interior a qual chamamos, normalmente, de ansiedade se manifestou gerando uma busca por alívio. No caso do chocólotra, ele irá buscar na sensação de prazer de comer o chocolate o alívio passageiro para sua inquietação. Comer chocolate, então, não é assim um prazer tão real, pois está atrelado a uma dependência que traz alívio de um sofrimento. Uma pessoa que não tenha essa dependência poderá curtir um chocolate de forma verdadeira, sem o lado ruim da necessidade. E, nesse caso, ela irá se sentir saciada com uma pequena quantidade que se for ultrapassada acabará causando enjoo.

Fazendo mais uma comparação. Imagine alguém que compre sapatos muito apertados. Ao chegar em casa, sente um alívio e um prazer enorme ao tirá-los dos pés. Mas não seria melhor andar com sapatos mais confortáveis? “Não, assim eu não teria o prazer de sentir o alívio ao ficar descalço”. Alguém pode pensar dessa forma, mas é algo certamente insano.

O sentimento de necessidade de reconhecimento é mais ou menos como a sensação do sapato apertado que precisamos aliviar de vez em quando recebendo atenção de alguém. É uma prisão emocional. Podemos usar a EFT para nos libertamos.

 Ao mesmo tempo em que você decide abandonar a necessidade de ser reconhecido, adote o hábito de elogiar e reconhecer as outras pessoas: filhos, amigos, funcionários, cônjuge etc., e observe as atitudes das pessoas melhorarem cada vez mais no relacionamento com você. Abandone também as críticas e veja as mudanças positivas que isso irá trazer.

 Fonte: André Lima, via EFT

domingo, 23 de novembro de 2014

Emotional Deprivation in Infancy - Study by Rene A. Spitz 1952


Woman Drinks Gallon Of Water Every Day For Four Weeks And The Final Picture Results Are Shocking

Sufficient daily water intake is vital for virtually every function within our bodies yet fewer than one in five of us drinks enough. Read on to see the results of this experiment.

Sarah Smith is a 42 year old mother of two young kids in the UK. She, like many others, openly admitted to not drinking the recommended 2 to 3 liters of water daily. She suffered from poor and sluggish indigestion and regular headaches. Following consultations with medical professionals for both issues she decided to take heed of the advice given – in both cases she had been told that she needed to up her intake of water. She decided to document and photograph what happened in a self imposed experiment whereby she would drink 3 liters, just over 5 pints, of water per day, every day for an entire month and see if she could feel any benefits.

At the outset Sarah took a long hard look at her face noting that “I am 42, but have to admit I look more like 52 in this picture, which is shocking. There are dark shadows under and around my eyes, which make me look exhausted, a profusion of wrinkles and strange reddish blotches, and my skin lacks any lustre. It looks dead….even my lips look shrivelled.” She spread the water out during the day aiming to drink a big jug of water in the morning, another in the afternoon with a third in the evening.

At the end of the FIRST WEEK she had already noticed that her bowel function was improved and her urine was virtually clear as the water was flushing out her previously dehydrated poorly functioning kidneys. She noticed sudden skin breakouts, which were a result of the toxins being eliminated from throughout her body. However her headaches were already gone and her previous joint stiffness first thing in the morning was vastly improved. Water is vital for lubricating the joints.

WEEK TWO saw an improvement in her skin tone and general complexion although she noted that her eyes were still wrinkled but said “they look less crepey and shadowy than before”. She also had a visibly flatter stomach and her smart husband paid her the ultimate compliment by noting that her cellulite had vanished! Significantly she had another week headache free.

On to WEEK THREE  when Sarah was happy to find that her eye wrinkles and dark circles had all but disappeared and her skin was plumper and healthier looking. She noted that she was actually eating less by this stage as she had fallen into the common trap of reading signals from her stomach as being hunger pangs whereas they were actually thirst pangs. Research has shown that 37 per cent of people actually mistake thirst signals for hunger signals. The plentiful water had now stopped her from continually falling into that unhealthy trap.

So what about the end of WEEK FOUR? Sarah said “I genuinely can’t believe the difference in my face. I look like a different woman. The dark shadows around my eyes have all but disappeared and the blotches have gone. My skin is almost as dewy as it was when I was a child. The transformation is nothing short of remarkable.” She was leaner, fitter and nobody can deny the astonishing change to her appearance. She changed nothing else in her daily routine apart from the water intake. Here are the before and after photographs:

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Konrad Lorenz - Ethology and Imprinting (1975)


Konrad Lorenz


Harlow's Studies on Dependency in Monkeys


D'Alva - Frescobol


Canadá Cria Visto Expresso e Convida Portugueses

A partir de Janeiro vai ser mais fácil e rápido ter um visto para o Canadá. Opaís convida trabalhadores e estudantes portugueses a concorreram às oportunidades disponíveis.
OCanadá vai lançar um "visto expresso" para facilitar a captação de emigrantes. A partir de Janeiro do próximo ano, vai ser mais fácil conseguir uma autorização para trabalhar ou estudar no país. "Bastará fazer um registo electrónico gratuito, enviar certificados de domínio de língua estrangeira e de validação dos diplomas académicos" explica Miguel Robichaud, Primeiro Secretário da Embaixada do Canadá em Paris. Depois, todos os pedidos serão colocados numa base de dados onde o governo e as empresa privadas "poderão escolher os melhores candidatos para emigração permanente", sublinha o diplomata. Os seleccionados vão receber um "convite do governo".

Actualmente, o processo é muito mais complicado e moroso: "era necessário esperar, esperar e esperar depois de enviar um pedido formal em papel", explica o responsável pela emissão de vistos de residência em Portugal e noutros 13 países. Com as novas regras as autoridades deverão responder, no máximo, em seis meses. Esta revolução no sistema de vistos "pode ajudar a economia do Canadá porque as pessoas que queremos assim chegarão mais rapidamente". Com esta simplificação do sistema de vistos, o governo pretende atrair 300 mil emigrantes, mais 50 mil que no ano anterior.

"Actualmente existe uma grande comunidade de portugueses no Canadá (quase meio milhão) e queremos aumentar a relação entre os dois países", sublinha o embaixador Jeffrey Marder, adiantando que o objectivo "é ainda aumentar o número de portugueses a estudar no Canada".
Há oportunidades de trabalho em todas as áreasQuanto a sectores "há oportunidades em todas as áreas", acrescenta Miguel Robichaud. "Os portugueses podem conseguir empregos muito bons e integrar-se facilmente nas comunidades do Pacífico ao Atlântico", diz. Os portugueses são bem vistos como "uma comunidade que trabalha muito e por isso queremos mais".

Paul Santos, Coordenador de Marketing da York University, diz que o Canadá "é um país com muitas oportunidades" em que "o valor de cada pessoa é o mais valorizado" na hora de recrutar. Nem a faixa etária, nem a rede de contactos "são determinantes", diz este canadiano, filho de portuguesas que veio a Portugal captar estudantes para a sua universidade. "Consideramos a emigração fundamental para o sucesso económico do país", afirma. E interessados não faltam, a julgar pela enchente na feira "Study in Canada" realizada a semana passada em Lisboa.

Mais de 1.500 pessoas visitaram a Associação Comercial de Lisboa, onde decorreu o evento, para tirar dúvidas e saber como ir estudar ou trabalhar para o Canadá, considerado um dos dez países do mundo com melhor qualidade de vida. Para Tânia Henriques, uma luso-canadiana que pretende regressar ao país, "as baixas temperaturas" são o único inconveniente num país "em que as pessoas são muito acolhedoras e em que um português facilmente se sente em casa".

Fonte: Diário Económico

terça-feira, 11 de novembro de 2014

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Abuso psicológico pode causar traumas mais profundos que agressão física ou sexual

"Violência psicológica contra crianças e adolescentes pode provocar danos mais graves do que a agressão física ou o abuso sexual, segundo estudo publicado na Psychological Trauma: Theory, Research, Practice, and Policy.

O psicólogo clínico Joseph Spinazzola e sua equipe do Centro de Trauma do Instituto de Recursos da Justiça, em Massachusetts, utilizaram informações da Rede Nacional de Traumas e Estresse Infantil (NCTSN, na sigla em inglês) para analisar dados de 5.616 crianças e adolescentes com histórico de abuso psicológico, físico e sexual.

Aproximadamente 62% tinham histórico de maus-tratos psicológicos; cerca de um quarto deles, 24%, sofreram exclusivamente esse tipo de violência, que abarca, de acordo com os pesquisadores, assédio moral por parte do cuidador, imposição de medo extremo, controle coercitivo, insultos graves, humilhações, ameaças, exigência extrema, rejeição e isolamento.

Os pesquisadores constataram que aqueles que passaram por esse tipo de experiência tendiam a sofrer de ansiedade, depressão, baixa autoestima, sintomas de estresse pós-traumático e a apresentar risco de suicídio em maior nível do que os que sofreram violência física ou sexual. Entre os três tipos de agressão, a psicológica foi a mais fortemente associada com transtorno depressivo, distúrbio de ansiedade social e generalizada, dificuldade de formar vínculos afetivos e abuso de substâncias.

Esse tipo de violência provoca danos emocionais tão graves quanto a agressão física e sexual juntas, alertam os pesquisadores. “Profissionais dos serviços de proteção podem levar mais tempo para reconhecer a negligência emocional porque ela não deixa marcas visíveis, além de não ser considerada socialmente tão grave”, aponta Spinazzola. “Precisamos de iniciativas de sensibilização para ajudar o público a entender os prejuízos psicológicos severos provocados por esse tipo de abuso.”"

terça-feira, 4 de novembro de 2014

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Estágios Motivacionais de Prochaska e DiClemente (1986)

Modelo transteórico utilizado em quase todas as linhas de tratamento da dependência química, transformou-se na base do modelo conhecido como Entrevista Motivacional. Os estágios não representam necessariamente uma escala evolutiva, ocorrendo na realidade uma flutuação entre os mesmos – o que explicaria a dificuldade de abordagem e estabilização da adicção. Dentro da teoria motivacional evita-se o confronto, deve-se “surfar na onda da resistência”, já que a maior parte dos indivíduos quando confrontado tende a levantar defesas e fortalecer a resistência à mudança.

1) Pré-contemplação – O indivíduo não acredita que o uso de álcool e/ou drogas seja prejudicial. Não existe a menor motivação para a mudança, seja abstinência seja redução da frequência ou intensidade do consumo. Muitas vezes existe uma idealização dos efeitos “eu fico mais criativo se fumo”, “eu consigo trabalhar a madrugada inteira com cocaína”… O profissional evita o confronto, sem faltar com sinceridade, muitas vezes flexibilizando o conceito de dependência ou motivando a busca por tratamento por motivos secundários (“mas essa tosse está ruim, não?”, “e quanto do seu salário você gasta com cocaína?”)

2) Contemplação – Aqui prevalece a ambivalência do indivíduo com relação ao problema. Ainda que perceba prejuízos, defende-se minimizando os mesmos, ou contrapondo benefícios advindos do uso. Nessa fase o profissional pode fazer uso das tabelas de vantagens e desvantagens do uso e da abstinência, geralmente confrontando a manutenção do uso de drogas com os planos para o futuro que o paciente eventualmente apresentar.

3) Planejamento ou Determinação – Nesse momento o adicto compreende o problema, e pede ajuda de fato. O papel do profissional é auxiliar a elaboração de estratégias de enfrentamento de realidade, identificar e trabalhar crenças negativas favorecendo o surgimento e/ou fortalecimento da autossuficiência – modificar as crenças disfuncionais como “se eu não fumar não vou conseguir trabalhar” ou “eu não consigo segurar a abstinência”. Basicamente oferecer soluções e diminuir barreiras de forma rápida, já que o retorno aos estágios anteriores é comum (especialmente quando o indivíduo usa a droga de preferência).

4)Ação – Neste momento o dependente começa a aplicar as estratégias e o planejamento elaborados na fase anterior. O profissional oferece todo o suporte necessário, buscando envolver o núcleo familiar e a rede social mais próxima (sejam amigos ou companheiros de grupos anônimos).

5) Manutenção – Busca-se nessa fase a estabilização da doença, tentando transformar as mudanças efetuadas na fase anterior em um novo (e mais saudável) estilo de vida. A prevenção de recaída (PPR) é uma das técnicas diretivas mais difundidas e estudadas, os grupos anônimos de mútuo-ajuda (Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos) fornecem uma rede social de suporte idealmente livre de julgamentos – o auxílio não-profissional deveria ser priorizado, exceto nos não-raros casos em que existe alguma comorbidade. A autossuficiência trabalhada nas fases anteriores não deve ser exagerada – um risco real, quando o adicto sente que controlou a situação, permitindo-se o primeiro gole ou um “único” trago…

Lembrando que a Recaída, ainda que não consideremos uma fase ou estágio, costuma ser regra e não exceção – estima-se que menos de 5% dos dependentes químicos que conseguem algum período de sobriedade conseguirão mantê-la sem nenhum lapso. E como com qualquer comportamento compulsivo, um único uso pode ser suficiente para levantar novamente toda uma rede de crenças negativas, fazendo o indivíduo voltar às fases iniciais de motivação.
 
Fonte: Gustavo Amadera, Kiai Med

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Uso esporádico de marijuana altera o cérebro

Jodi Gilman, do  Massachusetts General Hospital-Harvard Center for Addiction Medicine, comparou tomografias de cérebros de 20 pessoas que consumiam marijuana de formas diferentes. Concluiu que mesmo as sete pessoas que fumavam uma ou duas vezes por semana, revelavam  diferenças estruturais no cérebro. Quando maior era o consumo, maiores as diferenças.

De acordo com vários estudos, a utilização moderada de marijuana não parece representar  um risco para os adultos saudáveis. Pode até aliviar dores e náuseas. Outros estudos revelaram, no entanto, que em pessoas mais vulneráveis, a substância ativa presente na marijuana - THC - desencadeia sentimentos de  paranoia

Todavia, Jodi Gilman alerta que são necessários mais estudos que sejam baseados em dados mais recentes. Isto porque o nível de THC tem vindo a aumentar. Segundo o New York Times, as amostras de marijuana das apreensões da agência norte-americana de combate à droga mostram que, em 1995, havia uma concentração de 3,75% de THC. Atualmente, é de 13%. 
 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Melanie Klein

Uma analista leiga educada na Alemanha, Melanie Klein (1882-1960) desenvolveu uma escola de psicanálise na Inglaterra. Ela foi uma teórica das relações de objeto, autora da teoria do "desenvolvimento psicossexual e piscopatologia" embasada em eventos intrapsíquicos e interpessoais que supostamente ocorrem durante o primeiro ano de vida. Sua teoria da psicopatologia, baseada na observação de brinquedo livre de crianças, diz que a agressão inata excessiva ou a reação psíquica à agressão era a causa de distúrbios emocionais severos como os transtornos psicóticos. Ela tentou lidar com as forças intrapsíquicas com a técnica analítica clássica e interpretação precoce de impulsos inconscientes. Assim como Anna Freud, ela foi uma pioneira em análise infantil, mas, ao contrário de Anna Freud, ela excluiu os pais do tratamento porque acreditava que o problema fundamental era intrapsíquico. As principais contribuições de Klein estão em sua ênfase sobre a importância das relações de objeto iniciais, a demonstração da função do superego cedo no desenvolvimento psíquico, sua descrição das defesas primitivas características do transtorno de personalidade limítrofe e psicose e seu uso do brinquedo das crianças com um meio para a interpretação.

        TEORIA DA PERSONALIDADE. Melanie Klein concordou com Sigmund Freud que a agressão e a libido são os dois instintos básicos. Ela também concordou com Freud que o instinto agressivo é uma extensão do instinto de morte e a libido uma extensão do instinto de vida. Klein divergiu de Freud na suposição de que o ego existe ao nascimento. Ela acreditava que o instinto de morte é traduzido após o nascimento em sadismo oral, o qual, projetado para fora, dá lugar às fantasias de um seio mau, destrutivo, devorador. Tanto agressão como libido são expressas desde o nascimento em diante por fantasias inconscientes. Klein diferenciou inveja, ganância e ciúme como manifestações do instinto agressivo. Inveja é o sentimento raivoso de que alguém mais tem e desfruta de algo desejável; a resposta invejosa é tomar isso ou estragá-lo. Inveja oral, por exemplo, resulta da fantasia de que o seio frustrante retém deliberadamente. Ela conduz a esforços de danificar o seio frustrante e torná-lo menos desejável. Esta inveja primária dá lugar a outras formas de inveja, incluindo a inveja do pênis. Em um nível mais maduro, a inveja é voltada em direção à criatividade dos outros e frustra o desenvolvimento da criatividade pessoal devido ao medo da inveja projetada sobre os outros. Ganância é a manifestação da insaciabilidade humana; sua meta é a absorção destrutiva do objeto desejado. Ciúme é o medo de perder o que se tem. Ela se desenvolve a partir de relacionamentos triangulares, como na situação edípica; a terceira pessoa é odiada porque esta pessoa recebe amor ou atenção e potencialmente diminui a disponibilidade das provisões libidinais. Embora o instinto de morte seja em grande parte projetado como medos paranóides, parte dele funde-se com a libido, dando lugar a tendências masoquistas.

         Desde o momento do nascimento, o ego tenta preservar uma visão de si mesmo como apenas uma fonte de prazer e sentimentos positivos; tensão e desprazer são projetados sobre objetos que são então vistos como persecutórios. O bebê fica grato quando é física ou emocionalmente saciado. Esta gratidão, a manifestação mais precoce do instinto de vida é a base do amor e da generosidade. Libido é investida em objetos como o seio. O seio gratificante é então introjetado como a base para um sentimento do self como bom. A projeção do objeto interno bom sobre objetos recém-experimentados é a base da confiança, o que torna a aprendizagem e o acúmulo de conhecimento possíveis.

        Teoria do ego. O ego tanto experimenta como se defende contra a ansiedade. Ele desenvolve e mantém relações de objeto e tem funções integrativas e sintéticas. A ansiedade é a resposta do ego ao instinto de morte. Ela é reforçada pela separação do nascimento e por necessidades corporais frustrantes como a fome. A princípio, o medo de objetos persecutórios, a ansiedade posteriormente torna-se o medo de objetos maus introjetados que são a origem da ansiedade de superego primitiva. Medos de ser devorado no estágio oral do desenvolvimento tornam-se medos do estágio anal de ser controlado e envenenado e os medos edípicos de castração.

        Os principais meios de crescimento do ego e defesa de ego são projeção e introjeção, os quais integram o ego e neutralizam o instinto de morte. Projeção de tensões internas e percepção de estímulos externos dolorosos resulta em medos paranóides. Sua projeção resulta em objetos persecutórios internalizados. A projeção de estados prazerosos dá lugar à confiança. A introjeção de experiências positivas torna possível desenvolver bons objetos internos que são a base para o crescimento do ego. Anteriormente objetos no ambiente, tais como a mãe, são reconhecidos como tal, determinados aspectos, como o seio, são tratados como objetos. Assim, um estágio transicional nas relações de objeto é relações de objeto parciais.

        Experiências desagradáveis e emoções associadas a objetos externos e introjetados são dissociadas de experiências e emoções agradáveis através de um processo de cisão. À medida que a criança amadurece, a cisão diminui, a síntese de bons e maus aspectos de objetos ocorre e relacionamentos ambivalentes tomam-se possíveis. Relações de objeto parciais caracterizam o estágio mais inicial do desenvolvimento,a posição paranóide-esquizóide; as relações de objeto totais caracterizam a posição depressiva. A eventual síntese de bons e maus objetos parciais capacita o crescimento de ego e a integração da realidade. Se a agressão predomina sobre a libido, a idealização ocorre e a cisão é reforçada. O reforço de cisão pode interferir com a percepção acurada e pode resultar na eventual negação da realidade.

        Idealização é uma operação defensiva que preserva objetos internos e externos todos bons, deste modo satisfazendo fantasias de gratificação ilimitada, como um seio inexaurível para proteger contra frustração. Objetos externos idealizados também protegem contra objetos persecutórios. Fuga em direção a um objeto interno bom idealizado pode proteger a pessoa da realidade, mas pode fazer isso ao custo de testagem de realidade prejudicada e pode dar lugar a estados psicóticos exaltados ou messiânicos.

        Identificação projetiva, o protótipo de todos os mecanismos projetivos, a projeção de partes dissociadas de um objeto interno sobre uma outra pessoa é usada principalmente para expelir maus objetos internos e partes más do self. A pessoa sobre quem a projeção de impulsos sádicos é feita passa a ser vista como um perseguidor que deve ser controlado. Tentativas de controlar o perseguidor percebido então se tornam um veículo para a atuação de sadismo contra o perseguidor imaginado.

        Embora Klein concordasse que fatores ambientais podem desempenhar um papel em estimular a agressão excessiva, ela enfatizou como a causa de distúrbio emocional a força inata da agressão, aliada à formação de ansiedade excessiva do ego e baixa tolerância de ansiedade.

        Posições esquizo-paranóide e depressiva. O termo "posição foi preferido por Klein em relação a "estágio" porque ele enfatiza o efeito do ponto de vista da criança sobre suas relações de objeto. A posição paranóide-esquizóide e a posição depressiva ocorrem na primeira e segunda metade, respectivamente, do primeiro ano de vida. Elas também podem ocorrer em diversos momentos na vida como constelações defensivas e estão envolvidas em conflitos relacionados a todos os níveis psicossexuias.

        A posição paranóide-esquizóide é caracterizada por dissociação, idealização, negação, identificação projetiva, relações de objeto parciais e uma preocupação básica ou ansiedade persecutórias sobre a sobrevivência do self.

        Os medos persecutórios são impulsos oral-sádicos e anal-sádicos projetados. Se eles não são superintensos, a posição esquizo-paranóide dá lugar, nos segundos seis meses de vida, à posição depressiva. Se, no entanto, a agressão inata é abertamente forte e se maus introjetos predominam, a dissociação secundária dos maus introjetos pode levar a projeção sobre muitos objetos externos, resultando em muitos perseguidores externos. A dissociação pode persistir e fragmentar experiências afetivas, levando a despersonalização ou superficialidade afetiva. Ela pode também interferir na percepção acurada e conduzir a negação da realidade. Na posição depressiva, a libido predomina sobre a agressão, o bebê reconhece que sua mãe tanto gratifica como frustra e ele se torna ciente de sua própria agressão voltada em direção a ela. O reconhecimento da mãe como uma pessoa integral torna a criança vulnerável à perda, especialmente perda causada pela agressão da criança. O mecanismo da idealização evolui durante o período depressivo na idealização do objeto bom (mãe) como uma defesa contra a agressão da criança em direção a ela e sua culpa acompanhante. Este tipo de idealização conduz a uma superdependência sobre outros. Os maus aspectos de pessoas necessárias são negados, levando a um empobrecimento tanto da experiência de realidade como da testagem de realidade. A posição depressiva também mobiliza defesas maníacas, cuja principal característica é a negação de realidades psíquicas dolorosas. Sentimentos ambivalentes e dependência de outros são negados; objetos são onipotentemente controlados e tratados com desprezo, de modo que a sua perda não dá lugar a dor ou culpa.

        TEORIA DO SUPEREGO. O superego kleiniano funciona como o superego freudiano clássico. Ele coloca valor sobre o comportamento e ele pune ou proíbe o comportamento que ele considera ser errado ou mau. Klein sustentou que o desenvolvimento do superego começa durante a posição depressiva; a pressão de superego excessiva causa regressão para a posição esquizo-paranóide. O superego desenvolve-se de maus objetos projetados cindidos experimentados como persecutórios, que são posteriormente introjetados. Culpa é a reação aos impulsos sádicos atribuída a estes introjetos que se tornam parte do self. No período depressivo, os objetos são introjetados tanto no ego como no superego. O ego assimila os objetos com os quais ele pode identificar-se positivamente. O superego assimila os aspectos proibitivos exigentes destes objetos. O predomínio normal de amor sobre ódio na posição depressiva resulta na internalização de objetos principalmente bons no superego. Estes objetos bons neutralizam os objetos internos maus, mas mesmo sob circunstâncias ideais predominantemente bons objetos de superego são contaminados pelos objetos maus. O superego, portanto, tem qualidades persecutórias (derivadas de introjetos persecutórios) e exigentes (derivadas dos aspectos exigentes dos pais bons idealizados).

        Através da culpa ou preocupação em relação à perda de amor parental, o superego protege seus objetos bons introjetados. Quanto mais idealizados são os bons objetos contidos no superego, mais perfeccionistas são as exigências do superego. A idealização de objetos internos bons geralmente conduz a bom comportamento e a compensação pelo mau comportamento.

        ESTÁGIOS INICIAIS DO COMPLEXO DE ÉDIPO. Os estágios iniciais do complexo de Édipo começam durante a posição depressiva. Klein supôs um conhecimento inato dos genitais de ambos sexos, com fantasias orais e genitais influentes desde o nascimento em diante. O desejo por dependência oral da mãe é deslocado para o pai. Ansiar pelo seio bom torna-se um desejo pelo pênis do pai. O seio mau é também deslocado para o pênis mau. A predominância nos meninos de uma boa imagem do pênis do pai promove o desenvolvimento do complexo de Édipo positivo; confiar em um pai bom e dotar a mãe com um pênis bom inicia um complexo de Édipo positivo em meninas. Quando a agressão predomina, o menino edípico vê o pai como um perigoso castrador potencial. O medo de castração é, de fato, o medo do desejo oral-sádico projetado de destruir o pênis do pai. Este medo torna a identificação com o pai difícil e predispõe à inibição sexual e medo de mulheres. Culpa em relação à agressão em direção ao pai reforça a repressão do complexo de Édipo. Boas experiências orais em meninas resultam na expectativa de um pênis bom; esta expectativa baseia-se na experiência de um seio bom. Agressão excessiva em meninas pode dar lugar a fantasias inconscientes de roubar a mãe do amor, do pênis e dos bebês do pai e pode estimular medos de retaliação materna. Em meninas, os desejos orais e genitais pelo pênis do pai combinam com inveja do pênis desenvolvendo-se como um derivativo da inveja do seio interior. Deste modo, a inveja do pênis deriva de sadismo oral e não é uma inveja primária dos genitais masculinos ou um aspecto primário da sexualidade feminina.

        À medida que a cisão decresce durante o primeiro ano de vida, a criança torna-se ciente de que bons e maus objetos externos são em realidade um só. Os bebês então reconhecem sua agressão em direção ao objeto bom e também reconhecem os aspectos bons das pessoas a quem eles atacaram por ser más. Este reconhecimento corta o mecanismo de projeção. Além disso, as crianças tornam-se cientes das suas próprias partes infernais, mas, em contraste com o medo de prejuízo externo encontrado na posição esquizo-paranóide, o medo principal na posição depressiva é de prejudicar os objetos externos e internos bons daí a necessidade para o superego.

        A tarefa emocional principal da posição depressiva é lidar com o medo do ego de perder os objetos externos e internos bons. As reações emocionais correspondentes são ansiedade e culpa. A preservação de objetos bons torna-se mais importante do que preservar o próprio ego. Objetos maus internalizados que foram anteriormente projetados compõem o ego primário, o qual ataca o ego com sentimentos de culpa. Os maus objetos dentro do superego, conforme observado acima, podem contaminar os bons objetos internos do superego que se tornaram incorporados no superego devido às suas demandas por determinados tipos de comportamento (eu amarei você se você fizer bem as suas tarefas; eu aceitarei você apenas se você trabalhar duro).

        MECANISMOS DE RESOLUÇÃO DO TRABALHAR. Normalmente, os mecanismos de reparação, aumentados pela testagem de realidade, aceitação de ambivalência, gratidão e luto capacitam a criança a resolver o período depressivo. A reparação, o antecedente da sublimação, é um esforço saudável para reduzir culpa em relação a ter atacado o objeto bom tentando reparar o dano, expressando amor e gratidão e assim, preservando-o. A criança chora, corre para a mãe, joga seus braços ao redor dela e diz "desculpa".

        A testagem de realidade aumentada resulta de cisão reduzida e da capacidade crescente de avaliar objetos inteiros e o self total. Os objetos introjetados são vistos como inteiros e vivos, ao invés de como fragmentos autônomos. Através de ser amadas, as crianças vêm a enxergar a si mesmas e a seus objetos internos como bons. A crescente percepção de amar e odiar a mesma pessoa promove a capacidade de experimentar e tolerar ambivalência, idealmente com uma preponderância de amor sobre ódio. Klein acreditou que o luto normalmente reativa a culpa da posição depressiva, a diferença sendo que, durante o desmame na posição depressiva, a mãe boa real ainda está presente e ajuda o bebê a reconstituir e consolidar objetos internos bons.

        PSICOPATOLOGIA. Muitos tipos de psicopatologia severa são atribuídos à fixação em uma das duas posições kleinianas. A fixação na posição esquizo-paranóide conduz a alguns transtornos psicóticos. Os transtornos psicóticos em geral negam a realidade, usam projeção extensamente e engajam-se em dissociação. Escape para um objeto interno idealizado conduz a estados exaltados autistas; dissociação generalizada e reintrojeção de objetos fragmentados múltiplos conduz a estados de confusão. Medo predominante de perseguidores externos é a marca registrada do transtorno delirante; projeção de perseguidores sobre o próprio corpo resulta em hipocondríase. As pessoas com transtorno de personalidade esquizóide são emocionalmente superficiais e intolerantes de culpa, tendem a experimentar os outros como hostis e retraem-se de relações de objeto.

        A partir da fixação, na posição depressiva vem o luto patológico (depressão) ou o desenvolvimento excessivo de defesas maníacas. O luto patológico resulta da destruição fantasiada por ataque sádico de objetos internos e externos bons. Os objetos internos maus que permanecem funcionam como um superego sádico primitivo evocando culpa excessiva e estimulando o sentimento de que todos os objetos bons estão mortos e que o mundo não tem amor. O superego sádico é cruel, exige perfeição e opõe-se aos instintos. Tentativas são feitas para idealizar objetos externos como um meio de autopreservação; deste modo, quaisquer reprovações são feitas contra o eu, ao invés de aos outros. O suicídio pode incorporar a noção de que o objeto externo bom pode ser preservado apenas através da destruição do self mau.

        Síndromes hipomaníacas e maníacas são promovidas por um predomínio de defesas maníacas, incluindo onipotência, identificação com o superego, introjeção, o triunfo maníaco e idealização maníaca. A onipotência resulta da identificação com um objeto bom idealizado e negação do resto da realidade. A identificação com um superego sádico permite que objetos externos sejam tratados com desprezo. A introjeção é manifestada como fome de objeto, com negação de perigo para e dos objetos; triunfo maníaco é manifestado por um senso de ter conquistado o mundo; e idealização maníaca é manifestada por fantasias de fusão com Deus.

        TÉCNICA. Klein acreditava que todas as situações produtoras de ansiedade, incluindo a hora analítica, reativam ansiedades das posições paranóide, esquizóide e depressiva. As defesas e medos primitivos são interpretados da primeira sessão em diante tão profundamente quanto possível e envolvem material tanto de transferência (você deseja me aniquilar) como de não transferência (você desejou eliminar o seio mau da sua mãe). A mesma técnica é usada com todos os pacientes, focalizando sobre fantasias inconscientes que representam o conteúdo e as operações defensivas nos níveis mais primitivos da mente. A técnica foi usada até mesmo com crianças com menos de 6 anos de idade, usando seu brinquedo livre como a base para a interpretação em sessões de 50 minutos cinco dias por semana. Para Klein, o brinquedo livre de uma criança era análogo as livre-associações de um adulto. Suas visões opuseram-se às de Anna Freud, a outra analista infantil dominante do dia que sustentava que a análise do complexo de Édipo de crianças pré latência não é possível, já que ela pode interferir com relacionamentos parentais; a análise desta criança é em grande parte uma experiência educacional para a criança; que uma neurose de transferência não pode ser efetuada devido à atividade dos pais na vida diária da criança; e que o analista deveria fazer todo o esforço para obter a confiança da criança. Klein sustentou que uma neurose de transferência pode ser efetuada e então resolvida por interpretação. Ao invés de tentar obter favor com a criança, Klein imediatamente interpretava transferências negativas (você quer se ver livre de mim) e verificou que fazer isso aliviava a ansiedade ao invés de intensificá-la.

        Terapeutas kleinianos são interessados em tratar pacientes nos quais conflitos e defesas primitivos predominam. Eles fazem isso assumindo uma posição estritamente interpretativa, interpretando tanto aspectos negativos como positivos da transferência, mas especialmente enfatizando os aspectos negativos.

Fonte: Blogue Psiquiatria Geral 

domingo, 12 de outubro de 2014

Billy Idol - Flesh For Fantasy


The Best & Worst Places for Expats



"To arrive at our ranking of the most and least popular expat destinations worldwide, the results of several sub-indices were averaged. These include the General Quality of Life Index, Ease of Settling In Index, Working Abroad Index, Family Life Index (where applicable), Personal Finance Index, as well as the results for the question: "how satisfied are you with life abroad in general?". As this last factor is a single question, it carries disproportionate weight in the overall country ranking.
For each question in the survey, participants were asked to rate their own opinion or experience on a scale of one to seven, or one to five, in some cases. A sample size of at least 50 survey participants was necessary in order to feature in a specific ranking. The only exception to this was the Family Life Index, where a sample size of 30 respondents was required. "

Justice - We Are Your Friends


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Prova Oral - Júlio Machado Vaz com «Vinte anos depois»

Masters of Sex

Depois do sacrifício que foi ver duas temporadas de Game of Thrones, sabe bem ver uma série realista. Ainda mais quando inspirada em factos verídicos. Masters e Johnson foram dois investigadores americanos que, após Kinsey, se destacaram no estudo da sexualidade. Esta série aborda o seu pioneirismo e as suas vidas pessoais. Porque a realidade consegue superar a melhor ficção.

The Doors - People Are Strange


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Nove coisas que as pessoas bem sucedidas nunca fazem

O presidente de uma empresa norte-americana que se dedica à inteligência emocional publicou um artigo na rede LinkedIn, no qual identifica vários comportamentos que as pessoas de maior sucesso evitam a todo a custo.


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As 10 melhores cidades para se viver

A Economist Intelligence Unit, uma entidade financeira que produz relatórios de vários géneros sobre as mais diferentes nações, desenvolveu um inquérito para tentar perceber quais são as cidades que disponibilizam “as melhores e as piores condições de vida”.

A análise é feita com base na prestação dos mais variados serviços, como a educação, a saúde, a estabilidade e as infra-estruturas que aquela cidade oferece àqueles que nela habitam.

Fight Club - Our Great Depression


Fightclub - Marla Singer


120 Filmes Noir

The Maltese Falcon (1941, John Huston) - Imdb Link
Double Indemnity (1944, Billy Wilder) - Imdb Link
The Big Sleep (1946, Howard Hawks) - Imdb Link
Sunset Boulevard (1950, Billy Wilder) - Imdb Link
The Third Man (1949, Carol Reed) - Imdb Link
M (1931, Fritz Lang) - Imdb Link
Notorious (1946, Alfred Hitchcock) - Imdb Link
Touch of Evil (1948, Orson Welles) - Imdb Link
Cris Cross (1949, Robert Siodmak) - Imdb Link
Strangers on a Train (1951, Alfred Hitchcock) - Imdb Link
Out of the Past (1947, Jacques Tourneur) - Imdb Link
The Big Combo (1955, Joseph H. Lewis) - Imdb Link
The Night of the Hunter (1955, Charles Laughton) - Imdb Link
The Killing (1956, Stanley Kubrick) - Imdb Link
Key Largo (1948, John Huston) - Imdb Link
The Killers (1946, Robert Siodmak) - Imdb Link
I Am a Fugitive From a Chain Gang (1932, Mervyn Le Roy) - Imdb Link Legenda
Ace in the Hole (1951, Billy Wilder) - Imdb Link
Laura (1944, Otto Preminger) - Imdb Link
White Heat (1949, Raoul Walsh) - Imdb Link

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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Acto Falhado

O acto falhado é um termo psicanalítico para designar as frustrações sentidas nas acções realizadas. O sujeito atribui o insucesso ao acaso ou à falta de atenção, quando o que realiza é um desejo inconsciente. São fenómenos psíquicos completos, isto é, têm um fim, um conteúdo e uma significação. Não acontecem por acaso, têm sempre algum sentido e existem por algum motivo. Quando um acto falhado, é porque existe um conflito entre a intenção consciente do sujeito e o seu inconsciente recalcado. São actos em que o resultado desejado é substituído por outro que o indivíduo não controla. Podem ser representados por lapsos de linguagem, erros de leitura ou de escrita, lapsos de memória, etc.
Identificam-se normalmente três tipos de actos falhados:

- Substituição de uma intenção por outra, em que se diz o que não se deseja.
- Acrescento de outro sentido à intenção.
- Deformação da intenção, ou seja, em vez de se dizer uma palavra, dizem-se palavras que não existem, pela condensação de duas palavras, a maioria das vezes completamente diferentes.

Chama-se ao acto falhado formação de compromisso, pois existe uma intenção consciente e outra intenção escondida. Nestes atos um conflito onde estão presentes duas tendências contraditórias e com finalidades opostas. uma tendência que se encobre e que o indivíduo recalca, mas que continua em acção e tende a manifestar-se, perturbando a intenção manifesta, aquela que o indivíduo quer que conscientemente apareça. É considerado um sintoma, tal como o sonho, ou seja, uma formação que tem origem no inconsciente, que pretende comunicar algo para o consciente do próprio sujeito.
Tal como nos sonhos, o analista utiliza a associação livre para fazer emergir estes desejos inconscientes em forma de actos falhados.

Fonte: Infopedia

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