“And so I ask myself: 'Where are your dreams?' And I shake my head and mutter: 'How the years go by!' And I ask myself again: 'What have you done with those years? Where have you buried your best moments? Have you really lived?" Fyodor Dostoyevsky, White Nights

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pickpocket (1959)

Pickpocket é um filme neo-realista com uma história relativamente simples, mas pesado a nível de emoções. O personagem principal rouba carteiras como "profissão", que leva a sério e vai aperfeiçoando. Mais do que uma necessidade, parece ser uma opção, justificada quase politicamente. Mas ao mesmo tempo que Michel nos fascina misteriosamente com uma narração solitária na primeira pessoa que nos vai dando a conhecer o seu pensamento, parece transmitir uma enorme pobreza nas relações sociais, evitando inclusivé a mãe, que se encontra numa situação complicada. Para além de Michel, temos o seu amigo Jacques e a bela Jeanne, a vizinha que toma conta da mãe, e de quem Michel abdica em favor deste. Bresson faz-nos entrar dentro da Paris dos anos 50, na difícil e complicada vida deste homem, perseguido pela polícia, vivendo no limite. Importantes reviravoltas acontecem no final, e só nessa altura compreendemos o real significado do filme. Argumento inspirado em Crime e Castigo, de Dostoievski.

"Michel takes up picking pockets as a hobby, and is arrested almost immediately, giving him the chance to reflect on the morality of crime. After his release, though, his mother dies, and he rejects the support of friends Jeanne and Jacques in favour of returning to pickpocketing (after taking lessons from an expert), because he realises that it's the only way he can express himself..."

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