“And so I ask myself: 'Where are your dreams?' And I shake my head and mutter: 'How the years go by!' And I ask myself again: 'What have you done with those years? Where have you buried your best moments? Have you really lived?" Fyodor Dostoyevsky, White Nights
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Os Convencidos da Vida
Mas também os aturo por escrito. No livro, no jornal. Romancistas, poetas, ensaístas, críticos (de cinema, meu Deus, de cinema!). Será que voltaram os polígrafos? Voltaram, pois, e em força.
Convencidos da vida há-os, afinal, por toda a parte, em todos (e por todos) os meios. Eles estão convictos da sua excelência, da excelência das suas obras e manobras (as obras justificam as manobras), de que podem ser, se ainda não são, os melhores, os mais em vista.
Praticam, uns com os outros, nada de genuinamente indecente: apenas um espelhismo lisonjeador. Além de espectadores, o convencido precisa de irmãos-em-convencimento. Isolado, através de quem poderia continuar a convencer-se, a propagar-se? (...) No corre-que-corre, o convencido da vida não é um vaidoso à toa. Ele é o vaidoso que quer extrair da sua vaidade, que nunca é gratuita, todo o rendimento possível. Nos negócios, na política, no jornalismo, nas letras, nas artes. É tão capaz de aceitar uma condecoração como de rejeitá-la. Depende do que, na circunstância, ele julgar que lhe será mais útil.
Para quem o sabe observar, para quem tem a pachorra de lhe seguir a trajectória, o convencido da vida farta-se de cometer «gaffes». Não importa: o caminho é em frente e para cima. A pior das «gaffes», além daquelas, apenas formais, que decorrem da sua ignorância de certos sinais ou etiquetas de casta, de classe, e que o inculcam como um arrivista, um «parvenu», a pior das «gaffes» é o convencido da vida julgar-se mais hábil manobrador do que qualquer outro.
Daí que não seja tão raro como isso ver um convencido da vida fazer plof e descer, liquidado, para as profundas. Se tiver raça, pôr-se-á, imediatamente, a «refaire surface». Cá chegado, ei-lo a retomar, metamorfoseado ou não, o seu propósito de se convencer da vida - da sua, claro - para de novo ser, com toda a plenitude, o convencido da vida que, afinal... sempre foi.
Alexandre O'Neill, in "Uma Coisa em Forma de Assim"
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Kaspar Hauser
Pretende este artigo analisar, sob o contexto da ética racionalista, um fato real que se deu na Alemanha, início do século XIX, quando um jovem - Kaspar Hauser (?-1833) - por circunstâncias não devidamente esclarecidas, fora mantido em cativeiro subterrâneo, da infância à adolescência, privado de contato social e sem qualquer possibilidade de alcançar real conhecimento do mundo, até que o momento em que seu algoz o liberta na praça central de Nüremberg.
A história emblemática de Kaspar Hauser tem inspirado, desde então, diversos livros e ensaios literários, psicológicos, lingüísticos, filosóficos, antropológicos, jurídicos etc, além da produção de películas cinematográficas sobre o tema. Para delimitar o campo de ação, a presente pesquisa restringiu-se a duas obras: o romance "Kaspar Hauser ou A indolência do Coração" (1908), do escritor austríaco Jacob Wassermann, e o filme "O Enigma de Kaspar Hauser" (1975), do cineasta alemão Werner Herzog.
Não há como analisar a figura de Kaspar Hauser sem equipará-la ao bom selvagem que habita as teorias do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Segundo Rousseau, as ciências - apesar de seu contínuo desenvolvimento - constituem um fator de decadência humana, haja vista que o verdadeiro progresso é de ordem moral. Dizer que o homem nasceu bom e a sociedade o corrompeu não basta, até porque seria impossível retornar ao estado pré-social. Não se trata, portanto, de voltar à natureza primitiva, mas fazer a Essência triunfar sobre a existência.
Em meio a tal contexto há de se perguntar se o homem nasce ético. Se para Platão (427-347 a.C.) o conhecimento já faz parte, a priori, do indivíduo, para Aristóteles (384-322 a.C.) ele somente pode ser adquirido com a experiência concreta, a posteriori. Considerando que a ética, tida como ciência da moral, está envolta em relações psicossociais, a resposta mais plausível a essa indagação seria a de que o ser humano não nasce ético nem antiético, podendo obter - ou não - tal virtude ao longo de seu desenvolvimento sócio-cultural.
O comportamento natural de Kaspar Hauser, como se verá, representa uma crítica ao racionalismo positivista, capaz de atingir e desmontar pretensas verdades preexistentes. Ao desafiar a lógica e todo seu sistema de argumentação racional, assume uma posição contestadora que lhe discrimina perante os outros. Ele não é reconhecido como parte da sociedade, da mesma forma que não se reconhece como parte dela.
Kaspar Hauser foi um espírito livre e preservado, mas submetido a valores que lhe eram estranhos. Tal conflito, como fio condutor das obras homônimas (o filme e o romance), assemelha-se, sob certos aspectos, ao atual conflito bioético. Por isso é que o enigma de Kaspar Hauser, jovem que acabou sendo irremediavelmente marcado pelo estigma social, nunca terá uma resposta convencional.
Continuar a ler aqui
sábado, 20 de novembro de 2010
O Amor é um Cão dos Diabos
Palhaçada
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Nenhum psicanalista, em sã consciência, pode negar que um bebê seja antes de mais nada um feixe de nervos. E acolherá como bem-vindas todas as experiências que puderem avançar no conhecimento das bases neurológicas de todas as patologias. Um psicanalista acredita, porém, que o corpo de um bebê jamais sairá de sua condição de organismo biológico se não houver um outro ser que o pilote em direção ao mundo humano, que lhe dirija os atos para além dos reflexos, e principalmente, que lhes dê sentido. Assim, de nada adiantará um organismo absolutamente são se não houver quem o introduza no mundo do humano, vale dizer, da linguagem.
De outro lado, acredita o psicanalista que uma criança com sérios problemas neurológicos encontrará sérias dificuldades para encontrar um piloto capaz de fazer-lhes face. Conclusão: contrariamente a aquilo que se divulgou, e em que as mães das AMAS acreditam, um psicanalista não culpa mãe alguma. Mas a responsabiliza.
Responsabilizar uma mãe significa fazê-la perguntar-se a respeito da parte que lhe cabe na criação de seus filhos. E isto serve, diga-se de passagem, para todas as mães, convenientemente "desculpabilizadas" e desresponsabilizadas pela sociedade de massas, interessada em fazê-las deixarem seus filhos em creches e diante da televisão para correr atrás de novos valores fálicos no mundo do consumo.
sábado, 6 de novembro de 2010
A Verdade é Amor - Vergílo Ferreira
Vergílio Ferreira, in "Pensar"
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Somos Uma Surpresa Para Nós Próprios
(...) As regras de comportamento em grandezas chegam só à porta da rua ou ao menos da do quarto ou seguramente à da casa de banho. E daí para dentro, vale tudo, ou seja a regra somos nós. E é então que sabemos quem somos ou quem é aquele que consentimos que seja ou em que medida respeitamos em nós o que respeitamos nos outros. Mas nem é preciso talvez entrarmos na nossa intimidade. Quanta farófia se não desfaz em caca quando entra a polícia? Como se aguentaria ela, frente a um pelotão de fuzilamento? Mas o mesmo tipo revelado em fraqueza e enrolado de timidez poderia revelar-se em coragem quando a coisa fosse a doer. Tudo é tão casual. Somos tanto a invenção de nós em cada momento. Tudo é tão em nós uma fortuita conjugação de astros. Somos tão surpresa para nós próprios. Para a coragem ou o amor ou a verdade ou mesmo a inteligência. Ou o simples estar vivo.
Vergílio Ferreira, in 'Pensar'
A Procura nos Outros
Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente IV'
Liberdade com Limites
O mundo não pode garantir-se a maior quantidade possível de liberdade instituindo, pura e simplesmente, a anarquia, pois nesse caso os mais fortes seriam capazes de privar da liberdade os mais fracos. Duvido de que qualquer instituição social seja justificável se contribui para diminuir o quantitativo total de liberdade existente no mundo, mas certas instituições sociais são justificáveis apesar do facto de coarctarem a liberdade de um certo indivíduo ou grupo de indivíduos.
No seu sentido mais elementar, liberdade significa a ausência de controles externos sobre os actos de indivíduos ou grupos. Trata-se, portanto, de um conceito negativo, e a liberdade, por si só, não confere a uma comunidade qualquer alta valia.
Os Esquimós, por exemplo, podem dispensar o Governo, a educação obrigatória, o código das estradas, e até as complicações incríveis do código comercial. A sua vida, portanto, goza de um alto grau de liberdade; contudo, poucos homens civilizados prefeririam viver assim a viver no seio de uma comunidade mais organizada.
A liberdade é um requisito indispensável para a obtenção de muitas coisas valiosas; mas essas coisas valiosas têm de partir dos impulsos, desejos e crenças daqueles que desfrutam dessa liberdade. A existência de grandes poetas confere um certo brilho a uma comunidade, mas não se pode ter a certeza de que a comunidade produzirá grande poesia só pelo facto de não existir uma lei que a proíba. De uma maneira geral, consideramos justo que se obrigue a juventude a ler e a escrever, ainda que a maioria dos jovens preferisse o contrário; fazemo-lo porque acreditamos em bens positivos que só um alto grau de alfabetização torna possível. Mas, ainda que a liberdade não constitua o total das coisas socialmente desejáveis, é tão necessária para a obtenção da maioria delas, e corre tanto o risco de ser insensatamente limitada, que mal será possível exagerar a sua importância.
Bertrand Russell, in "Realidade e Ficção"
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Week End (1967)
IMDB
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Pickpocket (1959)
"Michel takes up picking pockets as a hobby, and is arrested almost immediately, giving him the chance to reflect on the morality of crime. After his release, though, his mother dies, and he rejects the support of friends Jeanne and Jacques in favour of returning to pickpocketing (after taking lessons from an expert), because he realises that it's the only way he can express himself..."
IMDB
domingo, 31 de outubro de 2010
Les Biches (1968)
A história começa numa ponte de Paris. Why, uma jovem, desenha "bichos" a giz numa ponte quando aparece Frederique e lhe atira uma nota de 500 000. Conversam e acabam por ir tomar café a casa desta. Tornam-se amantes e mudam-se para St. Tropez onde Frederique possui uma mansão e um vasto império. Esta personagem parece conseguir controlar e manipular tudo e todos, até entrar em cena o arquitecto Paul Thomas que se apaixona por Why. Os dois tentam desenvolver um romance, mas a poderosa Frederique, possuida por ciúmes seduz Paul com sucesso e transforma a vida de Why num inferno. Paul muda-se e passa a viver com as duas, completamente manipulado por Frederique, uma personagem bizarra e maquiavélica. Nunca durante o filme se consegue compreender quais são as suas verdadeiras intenções. Bastante curiosa é també a transformação de Why ao longo de todo o processo. Este filme é daqueles que recomendo vivamente a toda a gente. É um drama disfarçado de comédia, e há cenas em que Chabrol parece comunicar com o espectador e dizer: "sou genial ou não sou?"
IMDB
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Knife in the Water
IMDB
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Conte d'Hiver (1992)
IMDB
Persona (1966)
IMDB
The Trip (1967)
"Paul Groves (Peter Fonda), a television commercial director, is in the midst of a personality crisis. His wife Sally (Susan Strasberg) has left him and he seeks the help of his friend John (Bruce Dern), a self-styled guru who's an advocate of LSD. Paul asks John to be the guide on his first "trip". John takes Paul to a "freak-out" at his friend Max's (Dennis Hopper) pad. Splitting the scene, they score some acid from Max and return to John's split-level pad with an indoor pool. Paul experiences visions of sex, death, strobe lights, flowers, dancing girls, witches, hooded riders, a torture chamber, and a dwarf. He panics but John tells him to "go with it, man." Would you trust John?"
IMDB
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
O país perdeu a inteligência e a consciência moral
«O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. (...)
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. (...) A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!»
Eça de Queiroz, 1871
A Posse Destrói Sempre o Amor
Citações e Pensamentos de Agostinho da Silva
Liberdade é Subjectividade
Thomas Mann, in "Doutor Fausto"
O Caminho da Liberdade
Epicteto, in 'Manual'
A Verdade é um Modo de Estarmos a Bem Connosco
Vergílio Ferreira, in "Conta-Corrente 2"
Quem Somos - Rui Knopfli
Quem somos, senão o que imperfeitamente
sabemos de um passado de vultos
mal recortados na neblina opaca,
imprecisos rostos mentidos nas páginas
antigas de tomos cujas palavras
não são, de certo, as proferidas,
ou reproduzem sequer actos e gestos
cometidos. Ergue-se a lâmina:
metal e terra conhecem o sangue
em fronteiras e destinos pouco
a pouco corrigidos na memória
indecifrável das areias.
A lápide, que nomeia, não descreve
e a história que o historia,
eco vário e distorcido, é já
diversa e a si própria se entretece
na mortalha de conjecturados perfis.
Amanhã seremos outros. Por ora
nada somos senão o imperfeito
limbo da legenda que seremos.
Rui Knopfli, in "O Corpo de Atena"
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Bonnie and Clyde (1967)
"A somewhat romantized account of the career of the notoriously violent bank robbing couple and their gang."
IMDB
The Wild One (1953)
IMDB
Les nuits de la pleine lune (1984)
IMDB
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Claude Chabrol (1930 – 2010)
Cineasta francês Claude Chabrol morreu hoje aos 80 anos
Fundador da Nouvelle Vague, Chabrol realizou mais de 80 filmes, muitos deles retratos mordazes da burguesia do seu país
"Claude era a própria alegria de viver, não consigo imaginar que ele tenha partido", afirmou Gérard Depardieu, protagonista de Bellamy, o mais recente filme de Claude Chabrol, reagindo ontem à morte, aos 80 anos, de um dos mais prolíficos realizadores do cinema francês da segunda metade do século XX.
Envolvido com os seus amigos François Truffaut e Jacques Rivette no lançamento da Nouvelle Vague, Claude Chabrol era já um crítico de cinema reconhecido, nos Cahiers du Cinéma, quando se estreou como realizador com Le Beau Serge, em 1959. Nos 50 anos seguintes dirigiu mais de 80 filmes para cinema e televisão, muitos deles centrados na descrição minuciosa e mordaz da burguesia francesa de província.
A sua morte, provocada por complicações decorrentes de um pneumotórax, foi ontem lamentada por realizadores e actores (...) em Direito, estudos que Chabrol abandonaria para se licenciar em Letras.
Todos os testemunhos realçam a sua energia e o seu gosto pela vida, bem como a sua reputação de gourmet. Diz-se que escolhia os cenários dos seus filmes na província em função da gastronomia local.
Mais "clássico" do que outros cineastas da Nouvelle Vague, como Truffaut, Godard, Rohmer ou Rivette, nem por isso a sua obra tem uma marca autoral menos intensa, como salienta o director da Cinemateca Francesa, Serge Toubiana, notando que Chabrol foi não apenas o cineasta francês que fez um maior número de filmes na segunda metade do século XX, mas também o autor de "uma obra de uma extrema coerência, incrivelmente forte". Manoel de Oliveira argumenta no mesmo sentido, quando, reagindo a esta morte, afirma que realizadores como Chabrol "já não pertencem à Nouvelle Vague ou a outra coisa qualquer, pertencem a eles próprios".
Nascido em Paris, numa família de farmacêuticos, Chabrol começou a escrever para os Cahiers du Cinéma quando ainda frequentava a universidade e ia ganhando algum dinheiro com dedicatórias falsas de Hemingway e Faulkner, que impingia aos snobs parisienses. Casou-se novo com uma herdeira de uma família rica, o que lhe permitiu criar uma produtora, que arrancou com uma curta-metragem de Rivette.
Os seus primeiros filmes, como Le Beau Serge, um drama de província, ou Les Cousins, passado em Paris, mostram já esse olhar impiedoso, mas ao mesmo tempo bem humorado, sobre a burguesia francesa e os seus costumes que iria constituir uma das imagens de marca do seu cinema.
Em 1964 casou-se em segundas núpcias com a actriz Stéphane Audran, que protagonizará muitos dos seus filmes nos anos 60 e 70, fase em que Chabrol realiza vários policiais, entre os quais o notável Requiem para Um Desconhecido (1969). Mas a actriz de Chabrol por excelência irá ser Isabelle Huppert, que faz a sua primeira aparição em 1978, em Violette Nozière, e que protagonizará boa parte dos seus filmes dos anos 80 e 90. Na sua página do Facebook, a actriz publicou ontem uma mensagem que dizia apenas o essencial: "Claude Chabrol deixou-nos".
Retirado de: Público
domingo, 12 de setembro de 2010
Le genou de Claire (1970)
La collectionneuse (1967)
To Be or Not to Be (1942)
Le pont du Nord (1981)
sábado, 28 de agosto de 2010
Apocalypse Now (1979)
Last Tango In Paris (1972)
quarta-feira, 21 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
Lenda de D. Juan
As lendas diziam que Don Juan seduzira, estuprara ou matara uma jovem moça de família nobre de Espanha, e também assassinara seu pai. Depois, tendo encontrado num cemitério uma estátua deste, jocosamente a convidara para um jantar, convite este aceito alegremente pela estátua. O fantasma do pai ali também chegara, como precursor da morte de Don Juan. A estátua pedira para apertar-lhe a mão e, quando este lhe estendeu o braço, foi por ela arrastado até o inferno.
A maioria dos estudiosos é concorde em afirmar que o primeiro conto a registrar a história de Don Juan foi El burlador de Sevilla y convidado de piedra ("o conquistador de Sevilha e o convidado de pedra"). As datas para esta publicação, entretanto, variam, em torno de 1620 até 1635, dependendo da fonte - embora haja registros de que seja conhecida na Espanha desde 1615. Segundo este conto, Don Juan é um mulherengo inveterado, que seduzia as mulheres disfarçando-se de seus amantes, ou lhes prometendo o matrimônio. Atrás de si deixa um rastro de corações partidos, até que finalmente acaba matando um certo Don Gonzalo. Quando depois é convidado pelo fantasma deste para um jantar numa catedral, acaba por aceitar, por não querer parecer um covarde.
As visões acerca da lenda variam de acordo com as opiniões sobre o caráter de Don Juan, apresentado dentro de duas perspectivas básicas. De acordo com uns, era um mulherengo barato, concupiscente, cruel sedutor que buscava apenas a conquista e o sexo. Outros, porém, pretendem que ele efetivamente amava as mulheres que conquistava, e que era verdadeiramente capaz de encontrar a beleza interior da mulher. As versões primitivas da lenda sempre o retratam como no primeiro caso.
In, Wikipédia Pt. (Wikipédia Eng.).
Putting a Propagandist Under Arrest.
Henry Miller - Sexus
Claude Chabrol - L'oeil du malin (1962)
IMDB
What marks this film out as a particularly noteworthy entry in the enormous Chabrol canon are the quality of the acting performances, particularly the three lead actors. Excellently supported by Stéphane Audran and Walter Reyer, Jacques Charrier is perfect as the malicious young journalist Mercier. (James Travers, Films de France)
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Arquivo do blogue
-
▼
2010
(76)
-
►
novembro
(15)
- Kaspar Hauser
- O Amor é um Cão dos Diabos
- Don't "try"
- Palhaçada
- Nenhum psicanalista, em sã consciência, pode negar...
- The Social Network (2010)
- Les Bonnes Femmes (1960)
- A Verdade é Amor - Vergílo Ferreira
- Somos Uma Surpresa Para Nós Próprios
- A Procura nos Outros
- A necessidade
- Liberdade com Limites
- Mad Man
- Week End (1967)
- Pickpocket (1959)
-
►
outubro
(12)
- Les Biches (1968)
- Knife in the Water
- Conte d'Hiver (1992)
- Persona (1966)
- The Trip (1967)
- «A maioria dos homens gasta ...
- O país perdeu a inteligência e a consciência moral
- A Posse Destrói Sempre o Amor
- Liberdade é Subjectividade
- O Caminho da Liberdade
- A Verdade é um Modo de Estarmos a Bem Connosco
- Quem Somos - Rui Knopfli
-
►
junho
(12)
- http://www.upenn.edu/pennnews/news/sex-drugs-and-m...
- Lenda de D. Juan
- Mitologia Grega
- Putting a Propagandist Under Arrest.
- Psicologia Existencial
- Henry Miller - Sexus
- Gestalt therapy
- Gestalt therapy
- Claude Chabrol - L'oeil du malin (1962)
- Wong Kar Wai-Wong - As Tears Go By (1988)
- Wong Kar Wai - Chungking Express (1994)
- Otto Rank
-
►
novembro
(15)
Acerca de mim
- xy
- London, Harrow, United Kingdom