“And so I ask myself: 'Where are your dreams?' And I shake my head and mutter: 'How the years go by!' And I ask myself again: 'What have you done with those years? Where have you buried your best moments? Have you really lived?" Fyodor Dostoyevsky, White Nights

sábado, 19 de setembro de 2015

Crescer. As crianças portuguesas são das que têm menos liberdade no dia-a-dia


"Não vão sozinhas para a escola e são quase sempre os pais que as levam de carro. Não saem de casa à noite. Não vão brincar para o parque. Que adultos serão no futuro?


Há 30 anos as crianças portuguesas começavam a ir para a escola sozinhas com oito ou nove anos. Agora, só aos 12 é que os pais lhes dão carta branca, mas a maioria vai mesmo de carro, embora vivam quase sempre a menos de meia hora da escola. Poucos são os que saem de casa à noite e, ao fim-de-semana, dominam as idas às compras e as visitas a familiares mais do que as idas ao parque com adultos ou amigos da mesma idade.

Podia ser apenas um sinal dos tempos, mas um estudo coordenado pelo think tank Policy Studies Institute (PSI) concluiu recentemente que as crianças portuguesas são das que têm menos liberdade no dia-a-dia. Em 16 países analisados, Portugal surge em 14.o lugar a par da Itália e só atrás da África do Sul. Quem trabalha com crianças não estranha, mas não hesita em apontar consequências que os pais devem ter em conta na hora de tentar controlar tudo: crianças pouco autónomas são menos despachadas, mais inseguras, menos tolerantes e até podem chegar a adultos com défices ao nível motor e emocional. "

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